sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Eu Sophi, como eu me vejo.


Penso em demasia, sendo assim, sou inquieta , intensa, e enormemente introspectiva. Minha falta de paciência equivale ao tamanho do Império Romano em seus dias de glória.
Minha vida por muitos é vista como o paraíso desejado, porém, para mim ela (a minha vida) é algo sem cor, insossa, e totalmente sem qualquer graça.
Creio que para muitos a própria vida seja uma lacuna a ser preenchida, e ainda poderia dizer mais, a nossa vida nunca é como gostaríamos que fosse. A nossa vida sempre gostaria de ser algo como a soma das vidas de outras pessoas, que não a nossa própria vida.
Penso em um caminho intenso, em loucuras ainda não realizadas, lugares desconhecidos (a mim é claro) , pessoas nunca vistas... Tudo ainda é desconhecido, sinto falta daquilo que ainda não conheço. É estranho ler essas palavras, mas sentir falta daquilo que ainda se desconhece, é completamente insano.
Muitas vezes me pego foleando dicionários, criando significados para palavras estranhas e engraçadas, acho que  posso lembrar de uma agora... hum... Sim, lembrei! Essa é ótima, creio ser o meu significado muito mais interessante que o do dicionário.
Por exemplo, "sousar" (meu significado), "verbo transitivo direto; infinitivo do verbo sou; ação de ser independente do outro indivíduo; egocentrismo disfarçado de verbo." No dicionário está escrito: "Espécie de rato". Não posso menosprezar este outro significado, já que o verbo criado por mim é tão asqueroso feito um rato, medonho.
Uma coisa que tem me deixado perturbada, pessoas que me perguntam, quase exclamando, coisas como:
"Nunca leu A barata azul de Alexandre Moreno ?" . Minha resposta é um simples não, e lhe direi , a continuação desse diálogo sempre é seguida de uma cara de espanto, logo após um comentário do gênero: "É um clássico, deve ler". Eu maquinalmente aceno com a cabeça em um "sim", porém, mentalmente estou bolando um plano maligno para acabar com perguntas exclamações como esta, sem qualquer objetivo.
Eu sei, eu também faço isso Fred, mas ao invés de dizer, "É um clássico", eu digo, " Foi  a coisa mais linda que já li".
Possuo uma paixão ardente por Drummond, e um caso conturbado com Beethoven. Creio, ler Drummond, e ouvir Beethoven ao mesmo tempo seja um orgasmo múltiplo de contemplação e beleza.
Uma coisa eu sei,nunca escreverei lindamente como Drummond, e jamais escutarei coisa tão bela quanto Beethoven. São minhas convicções.

Um comentário:

  1. Eu passava por muitos momentos como esse com a minha vida, ficava pensando e repensando como a vida dos outros é melhor que a minha e depois de um tempo, acabei me revoltando com tudo isso e parando de pensar dessa forma... Minha vida é como ela é, e assim como eu, não deve ser fruto de comparações... Eu aceito ela conforme ela vem, e conforme os fatos se desenrolam...

    (Também nunca lí A barata Azul)

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